Ó Senhor São Sebastião
Ó chegou o dia
Viemos festejar com toda alegria

Viola de madeira
Cabo de numeração chorei
Quem me deu essa viola
não me dá outra mais não, chorei
fui andando, caminhando e chorando
Por causa dos seus conselhos chorarei
Toda vez que eu me alembrava chorava

Oh mamauê mamaua
tá me chamando mamãe pra vadiar



Meu balão subiu
Meu balão desceu

Orácio e Inácio por ser mal criado
Chegou na Bahia morreu
Ei meu boi alá, ei meu boi alá
A filha da minha sogra era nora do meu pai
Quando vê madeira dura enverga mas não cai



Quem vem lá sou eu
Quem vem lá sou eu

Eu vi a cancela bater
E a morena me dizer adeus
Eu me chamo João Maurão
Sou carreiro de Trancoso
Não bebo cachaça não
Só bebo café amargo

Minha roxa foi pro Norte
Ah! Eu vo ver a minha roxa
Ei morena, que novidade terá
O sentimento que eu tenho
De não poder te levar

Papai mamãe nunca peguei no alheio
Quando a polícia chegar
Tira o meu nome do meio

Ei meu limoeiro tira a rama do caminho
Ei meu limoeiro tira a rama do caminho
Seu espinho me espinhou,
meu amor me carinhou

Madrugada eu vou, eu vou eu ia ia
Estava no rio, fui ver minha flor
Era muito malcriada
Atirou mas não matou
Moça branca na janela



Vá lá meu boi morená
Feito dona de sobrado
Vá lá meu boi morená

Sobrancelha de retrós
E coração abaloado
Tendo le le meu boi

Ei meu boi
Meu boi ia ia
Esse boi é muito malcriado
Eu peguei este boi, este boi
Eu marrei e deixei deitado



Morre o homem deixa a fama
Vaza a maré e deixa a praia
Morre o rei e deixa o tesouro
Morre a mulher e deixa a saia

Tendo le le meu boi
Barreira arrebenta e quebra
Deixa rochedo rolar
Quem não pode não intima
Deixa quem pode intimar

Caraíva deu um grito
Alcobaça respondeu
Prado se cobriu de luto
Comuruxatiba já morreu

Cadê o dono da casa
Pôr ele pergunto eu
Ele não ta em casa
Ele de medo se escondeu
Papai mamãe que não veio me ver
Procuro uma mãe não responde
Cadê mamãe, cadê?